Após tardiamente resolver estudar o idioma inglês, resolvi pratica-lo com alguma leitura, cujo história eu já conhecia. Desta forma optei pela leitura original de “A História Sem Fim” de “Michel Ende“.
Envolvido pela narrativa de Atreyu e Artax, uma nostalgia profunda tomou conta de mim, inspirando-me a explorar as lendas e mitos que envolvem não apenas Artax, mas uma panóplia de cavalos icônicos, sejam eles os marcados na realidade histórica ou provenientes do fecundo universo da imaginação humana.
Esses nobres animais sempre ocuparam um lugar especial na história da humanidade, seja transportando guerreiros heroicos em batalhas épicas, ou simbolizando a liberdade e o espírito indomável da natureza.
Os cavalos desempenharam um papel crucial no desenvolvimento de diversas civilizações, servindo como companheiros fiéis, ferramentas de trabalho e símbolos de status e poder. Desde os garanhões selvagens das planícies norte-americanas até os corcéis nobres da Europa, cada raça e cada indivíduo carregam sua própria história, suas características únicas e seu legado indelével.
Vale mencionar que muitos cavalos “reais” obtiveram notoriedade nas pistas de corrida junto aos seus astutos Jóqueis.
Veja a lista com os fabulosos Equinos mencionados:
- ARTAX: ÍCONE LENDÁRIO DA LITERATURA FANTÁSTICA
- TOLKIEN: SHADOWFAX
- TOLKIEN: ROHERYN
- TOLKIEN: ASFALOTH
- TOLKIEN: FELARÓF
- TOLKIEN: HASUFEL E AROD
- TOLKIEN: CAVALOS NEGROS DOS NAZGÛL
- TOLKIEN: BILL, O PÔNEI
- ROCINANTE: O LEAL ESCUDEIRO DE DOM QUIXOTE
- SEABISCUIT: O HERÓI DAS PISTAS DE CORRIDA QUEM ENCANTOU UMA NAÇÃO
- Figure: A Linhagem Morgan, Explorando o Legado de seu Cavalo Fundador
- SPIRIT: O CAVALO SELVAGEM DA ANIMAÇÃO DA DREAM WORKS
- Sir Calei Joter: A Lenda do Hipismo Brasileiro
- O Cavalo de Troia
- Cavalo de Fogo
- MISTER ED
- Copenhagen: o Garanhão de Guerra do Duque de Wellington
- O Incrível Secretariat: A Lenda dos Hipódromos
- Caverna do Dragão – uni
- Caverna do Dragão – O Cavalo do Vingador
- Babieca – o Cavalo Lendário de El Cid
- O Jumentinho que carregou o filho de Deus até Jerusalém
- OS CAVALOS DOS CAVALEIROS DO APOCALIPSE
- O Imponente Cavalo Maximus: Guardião da Justiça em “Enrolados”
- Jolly Jumper: O Cavalo de Lucky Luke
- Khartum: O Cavalo Decapitado de “O Poderoso CheFão”
- Dash for CasH
- Comanche – O Cavalo Sobrevivente da Batalha de Little BighorN
- Flicka – A Égua Selvagem que Conquistou o Coração de KatY
- Espirito/Ventania: o Fabuloso Unicórnio de She-RA
- Pegasus: O Mítico Cavalo Alado
- Fábula de Monteiro Lobato: O Cavalo e o Burro
- O Resiliente Sefton
- Bucéfalo: O Cavalo de um Conquistador
- Cavalos de Nárnia: Os Magníficos Equinos de C.S. Lewis
ARTAX: ÍCONE LENDÁRIO DA LITERATURA FANTÁSTICA
Artax é um personagem marcante e inesquecível do clássico livro “A História Sem Fim”, de Michael Ende, publicado em 1979. Ele é o fiel companheiro de Atreiú, o jovem protagonista que embarca em uma jornada épica para salvar o reino fantástico de Fantasia.
Artax é descrito como um cavalo da raça Hin, belo, forte e leal. Ele acompanha Atreiú durante toda a sua árdua travessia pelas perigosas paisagens de Fantasia, ajudando-o a superar os desafios encontrados pelo caminho.
Porém, em um dos momentos mais icônicos e comoventes da estória, Artax é tragicamente engolido pelo Pântano da Tristeza. Essa cena devastadora é vista como um símbolo poderoso da capacidade da depressão e da apatia de consumir e destruir tudo ao seu redor.
A leitura ou a imersão no filme é tão marcante que resolvi trazer o trágico trecho na íntegra, conforme descrito no livro de Micheal Ende:
“Era quase impossível perceber onde o solo do pântano era firme e onde consistia apenas em uma cobertura de plantas aquáticas.
Artax resfolegou baixinho aterrorizado.
— Temos de entrar aí, meu senhor?
— Temos, respondeu Atreiú. Temos de encontrar a Montanha de Corno que fica no meio desse pântano.
Impeliu Artax para a frente, e o cavalinho obedeceu. Experimentava passo a passo a firmeza do solo, tateando com os cascos, e por isso avançavam muito lentamente. Finalmente, Atreiú desmontou e passou a conduzir Artax pelas rédeas. O cavalo atolou-se algumas vezes, mas em todas conseguiu se safar. Porém, quanto mais penetravam no Pântano da Tristeza, mais dificilmente o animal avançava. O cavalinho tinha a cabeça baixa e agora quase só se arrastava.
— Artax, disse Atreiú, o que aconteceu?
— Não sei, meu senhor, respondeu o animal. Acho que devíamos voltar para trás. Tudo isto não tem o menor sentido. Vamos atrás de uma coisa que não passou de um sonho, e que não vamos encontrar. Talvez já seja tarde demais. Talvez a Imperatriz Criança já tenha morrido, e tudo o que estamos fazendo não sirva para nada. Vamos voltar para trás, meu senhor.
— Você nunca me falou assim, Artax, disse Atreiú assombrado. Que é que você tem? Está doente?
— É possível, replicou Artax. A cada passo que damos, minha tristeza é maior. Perdi a esperança, senhor. E sinto-me cansado, muito cansado… Acho que não sou mais capaz de andar.
— Mas temos que prosseguir! exclamou Atreiú. Vamos, Artax! Puxou-o pelas rédeas, mas Artax ficou parado. Já estava atolado até a barriga, e não fazia qualquer esforço para se libertar.
— Artax! gritou Atreiú. Você não pode desistir agora! Ande! Ande para a frente, se não vai ficar atolado!
— Deixe-me senhor! respondeu o cavalinho. Não consigo. Vá sozinho! Não se importe comigo! Não posso mais suportar essa tristeza. Quero morrer.
Atreiú puxou-o desesperadamente pelas rédeas, mas o cavalinho afundava-se cada vez mais. Não podia fazer nada para impedi-lo. Finalmente quando o animal tinha só a cabeça fora da água negra, abraçou-o pelo pescoço.
— Eu seguro você, Artax, murmurou ele. Não vou deixar você afundar.
O Cavalinho relinchou outra vez, suavemente.
— Você não pode fazer mais nada por mim, senhor. Está tudo acabado. Nenhum de nós sabia o que nos esperava aqui. Mas já sabemos porque o Pântano da Tristeza tem este nome. É a tristeza que me torna tão pesado e me faz afundar. Não é possível evita-lo.
— Mas eu também estou aqui, disse Atreiú. E não sinto nada…
— É porque você tem o “Brilho”, senhor, respondeu Artax. E ele o protege.
— Então vou pôr o sinal em volta do seu pescoço, balbuciou Atreiú. Talvez ele o proteja também.
Fez menção de tirar a corrente do pescoço.
— Não, resfolegou o cavalinho. Não pode fazer isso, senhor. A você entregaram o “Pentáculo”, e você não está autorizado a dá-lo a quem bem entender. Tem que continuar sua busca sem mim.
Atreiú encostou o rosto ao do cavalinho.
— Artax…, murmurou desoladamente. Meu Artax!
— Você quer atender a meu último pedido, senhor? Perguntou o animal.
Atreiú acenou afirmativamente, sem falar.
— Então, peço que vá embora. Não quero que me veja morrer. Você me faz esse favor?
Atreiú levantou-se lentamente. A cabeça do cavalinho estava agora meio submersa na água escura.
— Adeus, Atreiú, meu senhor! Ele disse. E Obrigado! Atreiú cerrou os lábios com força. Não conseguia falar. Deu um último adeus a Artax, voltou-lhe as costas, e continuou a andar.
Bastian soluçou. Não conseguia se conter. Tinha os olhos cheios de lágrimas e não podia continuar a leitura.”
A morte de Artax representa a perda da inocência, da lealdade e do amor incondicional. É um dos eventos mais trágicos e emocionalmente impactantes do livro “A História Sem Fim“. Essa cena marcante transmite uma lição importante sobre a necessidade de enfrentar a tristeza e continuar lutando, mesmo nos momentos mais sombrios.
Uma curiosidade interessante, é que a maior parte das pessoas conhece a estória somente através do filme, e pode estar estranhando o diálogo, pois o cavalo está conversando com nosso herói. Mas é isso mesmo, na versão original narrada no livro, Artax é um cavalo falante, enquanto no filme ele não demonstra essa habilidade.
Para os amantes da literatura fantástica, Artax é um símbolo de amizade, e de muita reflexão sobre nosso estado mental e de espirito.
O filme “A História Sem Fim” foi lançado em 1984, dirigido por Wolfgang Petersen, baseado no romance homônimo do autor alemão Michael Ende. O livro foi publicado originalmente em 1979.
Recentemente, li noticias de que seremos agraciados com uma nova versão de “A História sem Fim“ e aguardo ansiosamente para poder ir aos cinemas apreciar. Espero que os novos produtores possam manter a maior fidelidade possível a obra de “Michel Ende” e que além de Artax, seus companheiros, Atreiú, Come-Pedra, Falkor, Urgl e Morla possam ser muito bem representados.
TOLKIEN: SHADOWFAX
Citaremos alguns dos cavalos mencionados pelo grande mestre J.R.R Tolkien. Começando por Shadowfax, a fabulosa montaria do Gandalf.
Shadowfax era um dos mais nobres representantes dos Mearas, a venerável raça de cavalos únicos criada nos vales de Narag. Descrito como um “senhor de cavalos” de “brancura ofuscante“, era considerado o mais veloz de todos os corcéis de Rohan.
Nas eras passadas, apenas os Senhores de Cavalaria de Rohan, descendentes do lendário Eorl, eram dignos de montar os Mearas, devido a sua natureza quase sagrada. Shadowfax orgulhosamente guardava essa tradição ancestral.
No início da Guerra do Anel, Gandalf, o Cinzento, obteve permissão para montar Shadowfax em uma missão crucial. A parceria foi selada quando o Maiar proferiu as palavras em rohirrim “Senhor das Cavalariças de Rohan, sede alegre; pois há uma causa admirável!“.
Shadowfax comprovou sua honraria ao levar Gandalf com uma velocidade inigualável a Edoras, na importante missão de ajudar os Rohirrim contra Saruman. Mais tarde, ele também o carregou no resgate ao Rei Théoden em Isengard e nas batalhas de Minas Tirith e Pelennor.
Após a Guerra do Anel, Gandalf (agora o Branco) confidenciou ao Príncipe Ímrahil que Shadowfax era na verdade “o Senhor dos Cavalos, e descendeu da linhagem de Felaróf de Rohan“. Um raro testemunho sobre as origens quase míticas deste extraordinário corcel branco.
Em resumo, Shadowfax foi descrito como tendo uma pelagem cinza prateada que só era visível durante o dia e raramente visível à noite. Ele era capaz de compreender a fala humana. Como chefe dos Mearas, e por extensão de todos os cavalos, ele possuía velocidade, força, inteligência e resistência incomparáveis, capaz de correr mais rápido que o vento em comparação com todos os outros cavalos, ultrapassando os cavalos dos Nazgûl e igualando as velocidades das bestas aladas dos Nazgûl, que eram capazes de fugir de uma flecha em vôo, e viajar por grandes distâncias quase inteiramente sem necessidade de descanso. Conforme mencionado acima, o cavalo ele tinha força de vontade e coragem imensamente fortes, o suficiente para enfrentar o Rei Bruxo de Angmar antes do portão de Minas Tirith.
Na obra tem um diálogo perfeito sobre o imponente cavalo, em uma conversa onde Boromir e Aragorn exaltam a maravilhosa raça de cavalos de Rohan, o próprio Gandalf admite que:
“existe um cavalo único que pode ter nascido no alvorecer do mundo. Os cavalos dos Nove não podem competir com ele. Incansável, rápido como o vento, Shadowfax é o seu nome. Durante o dia sua pelagem brilha como prata e à noite ele parece uma sombra, passando despercebida. Leve como o ar é o seu galope! Ninguém jamais havia montado nele, mas eu o domestiquei e ele me carregou tão rapidamente que cheguei ao Condado quando Frodo alcançou as Colinas dos Túmulos, enquanto eu partia de Rohan ao mesmo tempo que ele partia do condado”.
Estas são as principais informações verificáveis sobre o magnífico Shadowfax extraídas diretamente dos livros da Terra Média escritos por J.R.R. Tolkien
TOLKIEN: ROHERYN
Roheryn – O Corcel Real de Aragorn, Herdeiro de Isildur
Roheryn era um imponente e veloz corcel de pelagem cinzenta, presente de Arwen, Estrela Vespertina, para seu amado.
Os Rangers, provenientes do norte, trouxeram consigo Roheryn, o nobre corcel, para se juntar a Aragorn em sua jornada. Este majestoso animal, acompanhou corajosamente Aragorn ao longo de suas batalhas mais épicas. Roheryn foi o fiel companheiro que carregou Aragorn desde a Batalha de Hornburg, passando pelos Caminhos dos Mortos, até a grandiosa Batalha de Pelennor e além, até a Batalha de Morannon. Sua presença imponente e suas habilidades excepcionais foram fundamentais para o sucesso das investidas do herdeiro de Isildur contra as forças de Sauron.
Roheryn carregou Aragorn triunfantemente para a Batalha de Pelennor, onde os exércitos de Gondor e Rohan enfrentaram as vastas hordas de Sauron. O corcel avançou destemido mesmo contra os terríveis Cavalos Negros montados pelos espectros Nazgûl.
Acreditava-se que este majestoso animal fosse um dos últimos representantes puro-sangue dos lendários Mearas, a raça nobre de cavalos criada nos vales verdejantes de Narag.
Sua crina era de um tom prateado cintilante que refletia a luz de forma etérea. Roheryn tinha movimentos graciosos, porém possante, digno de carregar o valoroso herdeiro de Isildur. Nas batalhas, seu porte inspirava tanto temor quanto admiração nos soldados inimigos.
Mais que uma montaria, Roheryn representava a antiga realeza e os ideais nobres de Númenor. Como um dos últimos Mearas, ele simbolizava a restauração da antiga glória dos Reis de Gondor após anos de declínio. Após a vitória na Guerra do Anel, Roheryn teve uma longa vida de merecido descanso nos campos verdejantes de Ithilien, servindo como um dos pilares da nova era de paz e renascimento.
Curiosidades
- Na Sindarin Númenoriano, “Roheryn” significa “Corcel da Senhora“.
- Tolkien descreveu Roheryn como “um grande corcel cinzento de longa crina”.
- Nas adaptações cinematográficas, Peter Jackson manteve Roheryn fiel às descrições.
TOLKIEN: ASFALOTH
Asfaloth – O Nobre Corcel Élfico de Glorfindel
Asfaloth era um cavalo branco de grande porte, beleza e vigor, mesmo entre os nobres cavalos dos Elfos. Era a montaria fiel de Glorfindel, um dos principais senhores élficos de Valfenda.
Segundo consta nos “Contos Inacabados”, Asfaloth era um presente dos senhores de Valfenda a Glorfindel, tendo sido criado no vale de Ériador. O próprio Tolkien especula que Asfaloth poderia ser da linhagem dos Mearas, igualado em valor apenas por Felaróf.
Na obra “O Senhor dos Anéis”, Asfaloth carregou Glorfindel em uma missão crucial. Quando Frodo Bolseiro foi atacado pelos temíveis Espectros do Rio nas fronteiras da Velha Floresta, enquanto estavam a caminho de Valfenda, Glorfindel cavalgava em Asfaloth a procura deles, e ao encontra-los e notar o perigo dos cavaleiros negros que os perseguiam, desmontou Asfaloth e colocou Frodo Bolseiro em suas costas, e ordenou que ele fosse para a segurança de Vau Bruinen.
Assim Asfaloth seguiu em alta velocidade, superando os cavalos negros dos Nazgûl.
Nas “Cartas de J.R.R. Tolkien”, é mencionado que Asfaloth ainda vivia em Valfenda após a Guerra do Anel, sendo montado ocasionalmente pelos filhos de Elrond. Porém, seu destino final permanece um mistério.
O nome “Asfaloth” deriva do Sindarin, língua élfica criada por Tolkien, significando aproximadamente “massa de folha de musgo coberta de orvalho”, uma referência à cor prateada do cavalo.
Diferença entre Livro e Filmes
Nos livros, é Glorfindel quem resgata Frodo dos Espectros montado em Asfaloth. Porém, nos filmes, essa cena foi alterada, sendo Arwen quem cavalga Asfaloth para resgatar Frodo.
TOLKIEN: FELARÓF
Felaróf – O Lendário Corcel Fundador dos Mearas de Rohan
As origens de Felaróf remontam aos tempos antigos, quando ele era um potro branco selvagem capturado pelo domador de cavalos Léod. Porém, Léod perdeu a vida tentando domesticá-lo.
Seu filho Eorl, ainda jovem, conseguiu então dominar e montar o corcel, que aceitou o nome de “Felaróf” dado por Eorl. Os estudiosos do mundo de Tolkien fazem ligação ao ancestral Nahar, o lendário cavalo montado por Oromë.
Foi neste imponente corcel branco que Eorl cavalgou em auxílio de Gondor na Batalha de Celebrant contra os invasores orientais. Sua participação foi fundamental para a vitória nessa batalha.
Como recompensa, o Regente Cirion concedeu a Eorl e seu povo as terras de Calenardhon, que se tornariam Rohan. Por muitos anos Felaróf viveu livre nessas pastagens. Portanto Eorl foi o primeiro Rei de Rohan.
Décadas depois, Felaróf novamente carregou Eorl em mais uma batalha em Celebrant contra invasores orientais. Foi nesse confronto, nos campos de Mundburgo, que tanto Felaróf quanto Eorl encontraram seus fins. Eles foram então enterrados juntos em um túmulo erguido nos montes a oeste de Edoras.
Felaróf é reverenciado como o antepassado fundador da nobre linhagem dos cavalos Mearas de Rohan, descritos como corcéis de força, valor e inteligência únicos. Segundo as tradições rohirrim, apenas os Senhores de Cavalaria, descendentes de Eorl, podiam montar os Mearas. A única exceção disso foi Shadawfax que foi montado por Mithrandir.
No livro dos “Contos Inacabados” está registrado que Felaróf tinha a rara habilidade de compreender a fala dos homens.
TOLKIEN: HASUFEL E AROD
Hasufel e Arod – Os Valorosos Corcéis dos Caçadores
Hasufel e Arod eram dois possantes corcéis de guerra da Cavalaria de Rohan , cedidos por Éomer e seus Rohirrim para auxiliar Aragorn, Legolas e Gimli em seu resgate aos hobbits capturados.
Hasufel, cujo nome significa “Cascos Cinzentos“, era um cavalo castanho musculoso e intrépido . Já Arod, o “veloz” como seu nome indica, era um corcel negro de movimentos graciosos . Ambos demonstraram grande vigor e resistência durante a perigosa perseguição.
Esses dois bravos corcéis de Rohan carregaram os Caçadores por vastas planícies , trilhas e terrenos inóspitos, através dos reinos arruinados de Gondor . Hasufel e Arod foram fundamentais para rastrear os rastros e se aproximarem dos Uruks que haviam capturado Merry e Pippin.
Quando finalmente encontraram os Hobbits em Nan Curunír e enfrentaram os terríveis guerreiros de Isengard, os cavalos demonstraram sua plena coragem. Ao lado de seus cavaleiros, investiram contra os inimigos sem hesitar, ajudando a obter a vitória apesar da desvantagem numérica.
Por suas ações heróicas e lealdade inabalável aos Caçadores, Hasufel e Arod foram agraciados com ferraduras de prata forjadas por Gimli . Esta era a mais alta honra concedida aos corcéis valorosos na Terra Média, conferindo-lhes o título de “Senhores dos Cavalos“.
Sob os cuidados de Gandalf, acredita-se que esses cavalos viveram o resto de suas vidas em respeitoso repouso nos campos verdejantes de Isengard e Rohan, para onde a paz havia retornado.
Mais que simples montarias, Hasufel e Arod representam a própria essência dos valorosos Cavaleiros de Rohan: honra , coragem , determinação e fidelidade inabalável. Sua bravura os tornou fundamentais para o resgate de Merry e Pippin, contribuindo diretamente para os eventos que levaram à queda de Sauron.
Esses dois corcéis simbolizam também a estreita parceria entre as raças livres unidas contra as forças do mal . Como aliados leais de humanos, elfos e anões, eles ajudaram a reforçar os maiores ideais e valores defendidos na Terra Média.
Curiosidades
- Nos escritos originais de Tolkien, Hasufel é descrito como “um cavalo castanho de boa linhagem”.
- As cenas dos Caçadores foram algumas das mais desafiadoras de serem filmadas nos longas do Senhor dos Anéis.
- Arod possivelmente significa “Nobre” em Rohirrim, a língua dos Cavaleiros de Rohan.
Com sua lealdade, bravura e importância crucial nos eventos da Guerra do Anel, Hasufel e Arod merecem ser lembrados ao lado dos maiores corcéis heroicos que percorreram as vastas terras da Terra Média de Tolkien.
TOLKIEN: CAVALOS NEGROS DOS NAZGÛL
Os Cavalos Negros e Fantasmagóricos dos Nazgûl
Os Cavalos Negros eram as temíveis montarias dos Nazgûl, os espectros do anel também conhecidos como os Nove Cavaleiros ou Senhores Negros. Essas criaturas malignas apareceram especialmente na primeira parte de “O Senhor dos Anéis“, mais precisamente na Sociedade do Anel.
Acredita-se que esses cavalos foram roubados dos estábulos de Rohan, e eram sempre os cavalos negros a ser raptados. A partir disso Sauron “deturpa” esses animais assim como deturpa todas as outras coisas.
De acordo com “O Silmarillion” e os apêndices de “O Senhor dos Anéis“, os Nazgûl eram originalmente grandes Senhores dos Homens que sucumbiram ao poder dos Anéis de Poder forjados por Sauron. Eles se tornaram espectros imortais, servos de Sauron, que portavam vestes negras e capas cobrindo seus rostos espectrais.
Nos livros, é dito que os Nazgûl cavalgavam cavalos negros enormes e ferozes, descritos como “belas bestas, mas assustadoras”. Esses cavalos negros os serviam como meio de transporte rápido e imponente, representando o terror que os Nazgûl impunham.
Durante a Guerra do Anel, esses espectros equinos cruzaram as estradas , causando destruição e ruína por onde passavam . Os próprios Hobbits do Condado conheceram de perto o pavor que inspiravam os negros cavalos dos Nazgûl em sua caçada pelo Um Anel.
Nas adaptações cinematográficas de Peter Jackson para “O Senhor dos Anéis“, os Cavalos Negros dos Nazgûl foram retratados de forma assustadora, com seus corpos negros e aparência demoníaca. Suas presenças intimidadoras e relinchos grotescos aumentavam o medo que os Nazgûl traziam.
“Essas terríveis bestas eram maiores que cavalos comuns, com olhos flamejantes e cascos de ferro. Pertenciam só aos Nazgûl, e seu porte ameaçador instilava pavor naqueles que os viam.”
Na série de TV “O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder“, os Cavalos Negros ainda não apareceram, já que a história se passa antes dos eventos de “O Senhor dos Anéis“. No entanto, os showrunners indicaram que essas temíveis montarias podem aparecer em temporadas futuras.
Curiosidades
- Acredita-se que os cavalos morreram após a perseguição a Frodo até Vau Bruinen, pois diferentemente dos próprios Nazgûl, eles não eram criaturas imortais. (Poucas coisas podiam matar um Nazgûl).
- São descritos como seres bestiais, só emitindo relinchos e rugidos medonhos.
- Nas adaptações cinematográficas, são mostrados deixando trilhas de fogo ardente.
- Depois de perderem os seus cavalos no Vau do Bruinen, os Nazgûl retornam a Mordor e reaparecem montados em animais voadores hediondos.
TOLKIEN: BILL, O PÔNEI
Bill, o Pônei Leal da Sociedade do Anel
O Pônei Bill desempenhou um papel crucial na jornada da Sociedade do Anel. Inicialmente pertencente a Bill Ferny, um morador de Bree conhecido por sua repugnante conduta e maus-tratos aos animais, o pônei vivia em condições precárias e desnutrido. Quando os pôneis de Merry escaparam da estalagem, Barliman Butterbur adquiriu Bill de Ferny por 12 pennies de prata, um valor três vezes superior ao real, compensando assim as perdas de Merry.
Embora Merry fosse tecnicamente o dono, foi Sam quem cuidou do animal com dedicação, batizando-o carinhosamente de Bill. Sob os cuidados de Sam, a saúde e o ânimo de Bill melhoraram significativamente, e sua estadia em Rivendell foi extremamente benéfica, levando Sam a comentar que Bill quase poderia falar se permanecesse mais tempo naquele local.
Ao deixarem Rivendell, Sam insistiu que Bill os acompanhasse, temendo que o pônei definhasse sem seus cuidados. Com o agravamento das condições climáticas, Bill mostrou-se indispensável, carregando lenha extra e protegendo os hobbits das tempestades de neve.
No entanto, ao chegar às Minas de Moria, a Sociedade teve que se separar de Bill. Gandalf abençoou o pônei, esperando que encontrasse o caminho de volta a Rivendell. A despedida entre Sam e Bill foi triste, e a Sociedade teve que redistribuir o peso que o leal animal carregava.
Inesperadamente, o Guardião do Lago atacou, e um apavorado Bill disparou em fuga. Sam, dividido entre seguir o pônei ou seu mestre Frodo, optou por auxiliar Frodo, embora preocupado com o destino de Bill.
Após o fim da jornada, Sam ficou maravilhado ao saber que Bill havia sobrevivido e retornado a Bree. O pônei acompanhou Sam de volta ao Condado e, quando reencontraram seu antigo dono abusivo, Bill Ferny, o animal vingou-se com um coice. Bill esteve presente até o último momento, acompanhando Sam aos Portos Cinzentos para a partida de Frodo, testemunhando assim o encerramento da Sociedade na Terra Média.
ROCINANTE: O LEAL ESCUDEIRO DE DOM QUIXOTE
Rocinante é o nome do cavalo que pertence ao protagonista da célebre obra-prima de Miguel de Cervantes, “O Engenhoso Fidalgo Dom Quixote de La Mancha“. Publicada pela primeira vez em 1605, a obra-prima de Cervantes é considerada um dos maiores clássicos da literatura universal, e Rocinante, o cavalo de Dom Quixote, desempenha um papel essencial nesta epopeia literária.
O nome “Rocinante” deriva de “‘Rocim”, que carrega como significado “Pileca”, ou seja, um animal fraco e pequeno. O nome também tem ligação com “Rocín”, que em espanhol tem entendimento de equinos que realizam os trabalhos mais pesados.
é uma combinação das palavras espanholas “rocín” (que significa um cavalo de carga ou trabalho) e “ante” (um prefixo que indica superioridade), refletindo a ambição de Dom Quixote de transformar seu humilde cavalo em um nobre corcel digno de um cavaleiro. Essa escolha irônica de nome revela o contraste entre as aspirações idealizadas de Dom Quixote e a realidade modesta de seu cavalo.
Rocinante é descrito por Cervantes como um animal magro, de aspecto pobre e desgastado, com uma aparência lamentável. Apesar de suas limitações físicas, Cervantes o retrata com ternura e carinho, evidenciando o profundo afeto que seu dono, o fidalgo Dom Quixote, nutre por seu fiel companheiro.
Nas aventuras e desventuras vividas por Dom Quixote, Rocinante é seu inseparável companheiro, carregando seu senhor com lealdade e paciência, mesmo quando este se envolve em situações extravagantes e por vezes perigosas. Juntos, eles enfrentam os desafios encontrados pelo caminho, com Rocinante sendo testemunha das loucuras e façanhas de seu amo.
Mais do que um simples cavalo, Rocinante representa um símbolo da esperança e da determinação em superar as adversidades, assim como seu senhor Dom Quixote. Apesar de suas limitações físicas, ele persiste em apoiar os sonhos e ideais de seu dono, tornando-se um emblema da nobreza de espírito, mesmo quando confrontados com a realidade mundana.
Ao longo dos séculos, Rocinante se consolidou como um ícone literário, amplamente reconhecido como um dos cavalos mais famosos da literatura mundial e esta eternizado junto a seu senhor, o “Cavaleiro Andante“, inclusive com estátuas em sua homenagem.
SEABISCUIT: O HERÓI DAS PISTAS DE CORRIDA QUEM ENCANTOU UMA NAÇÃO
Na história do turfe, poucos cavalos alcançaram a fama e o legado duradouro conquistados por Seabiscuit. Nascido em 23 de Maio de 1933 (época da Grande Depressão) em uma pequena fazenda em Lexington, Kentucky, este cavalo de raça puro-sangue, inicialmente considerado sem potencial, superou todas as expectativas e se tornou um dos competidores mais notáveis de sua época.
SeaBiscuit foi fruto do acasalamento entre a égua Swing On e o garanhão Hard Tack, filho do lendário Man o’ War. A etimologia de seu nome remete à ração dura conhecida como “hardtack“, comumente consumida por marinheiros.
Apesar de seu pedigree promissor, Seabiscuit era visto como um cavalo pequeno, franzino, com joelhos proeminentes e hábitos peculiares, como longos períodos de sono e alimentação, sendo pouco adequado para as pistas de corrida. Nos primeiros anos de sua carreira, ele enfrentou muitas dificuldades, sendo frequentemente rejeitado por treinadores e apostadores que não viam nele o mesmo potencial que os outros cavalos de elite.
Esse início difícil, com Seabiscuit sendo considerado praticamente um “cavalo perdedor“, refletia as dificuldades enfrentadas por muitos americanos durante a devastadora Depressão Econômica que assolava o país na década de 1930. No entanto, a determinação e o espírito de luta deste cavalo se tornariam presságios de sua surpreendente ascensão.
A sorte de Seabiscuit mudou quando ele foi descoberto pelo visionário treinador Tom Smith, que viu o talento oculto naquele cavalo. Sob seu cuidadoso treinamento e orientação, Seabiscuit começou a demonstrar suas habilidades excepcionais nas pistas.
Nas mãos do jóquei Red Pollard, Seabiscuit venceu uma série de importantes corridas, incluindo o prestigioso Handicap de Santa Anita e o Handicap de Pimlico. Sua determinação e espírito de luta conquistaram o coração do público americano, que via nele um símbolo da esperança e da superação em tempos sombrios.
Uma das marcas registradas de Seabiscuit foi sua rivalidade acirrada com o campeão War Admiral, um cavalo considerado o “Super Cavalo” do turfe. O confronto entre os dois em 1938, conhecido como “The Match Race“, tornou-se uma das disputas mais memoráveis da história do esporte, com Seabiscuit emergindo vitorioso em uma corrida repleta de emoção.
Esse épico duelo entre os dois cavalos representava muito mais do que uma simples disputa esportiva. Para muitos americanos, Seabiscuit simbolizava a luta pela sobrevivência e a determinação em superar os obstáculos, em contraste com a arrogância e a superioridade supostamente incontestável de War Admiral.
Mais do que um mero cavalo de corrida, Seabiscuit se tornou um ícone cultural durante a Grande Depressão. Sua história inspiradora de superação e triunfo sobre as adversidades ressoou profundamente com o público americano, que via nele um símbolo de esperança e determinação em tempos sombrios.
As façanhas de Seabiscuit em pistas de todo o país capturaram a imaginação da nação, fornecendo uma fonte de inspiração e alento para aqueles que lutavam para sobreviver durante a crise econômica. Sua improvável ascensão ao estrelato representava a possibilidade de que mesmo os mais humildes e desprezados poderiam alcançar o sucesso por meio da perseverança e da força de vontade.
Mesmo após sua morte em 1947, a lenda de Seabiscuit continuou a crescer, sendo imortalizada em um aclamado livro best-seller e em um filme de 2003 que recontou sua história emocionante. Sua figura se tornou um símbolo duradouro do espírito americano, da capacidade de superar obstáculos e da incrível conexão entre homem e animal.
Curiosidades
Seabiscuit foi tema de vários livros e filmes:
- Seabiscuit: the Lost Documentary (1939);
- A História de Seabiscuit (1949);
- Seabiscuit: An American Legend (1999) de Laura Hillenbrand;
- Seabiscuit (2003), que foi indicada ao Oscar de Melhor Filme.
Figure: A Linhagem Morgan, Explorando o Legado de seu Cavalo Fundador
A história de Figure, o notável garanhão que deu origem à famosa raça Morgan, é uma narrativa fascinante que remonta ao final do século XVIII nos Estados Unidos. Nascido em 1789 e cedido (para pagamento de uma dívida) ao professor e fazendeiro Justin Morgan, em West Springfield, Massachusetts, Figure era um cavalo compacto, de estatura média, dotado de uma musculatura sólida e uma personalidade dócil.
Desde tenra idade, Figure destacou-se por suas habilidades excepcionais, revelando-se um animal de força, resistência e versatilidade incomparáveis. Sua influência logo se tornou evidente, atraindo a atenção de criadores e fazendeiros em busca de melhorar seus estoques equinos.
O legado de Figure na raça Morgan é indiscutível. Ele foi cruzado com éguas de diferentes linhagens, transmitindo suas características desejáveis, como inteligência, resistência e temperamento amigável, para sua prole. Os descendentes de Figure herdaram não apenas suas qualidades físicas distintas, como também sua versatilidade, tornando-se cavalos altamente valorizados em uma variedade de disciplinas, desde a tração até a montaria.
A raça Morgan, que leva o nome de seu criador, tornou-se uma das mais apreciadas e versáteis raças americanas. Seus cavalos são conhecidos por sua versatilidade, inteligência e temperamento amigável, características que remontam ao cavalo fundador, Figure.
A história de Figure é muito mais do que a de um simples garanhão. Ele se tornou um símbolo da criação equina americana, testemunhando uma jornada extraordinária desde um modesto começo até se tornar o fundador de uma das raças mais amadas e respeitadas do país.
Mesmo após tantos anos, o legado de Figure continua vivo através dos Morgans que carregam seu sangue até os dias de hoje. Sua história é uma celebração da profunda conexão entre o homem e o cavalo, além de ser um testemunho da capacidade dos cavalos de deixarem um impacto duradouro na sociedade humana.
Assim, Figure permanece como um dos cavalos mais influentes da história equina americana.
Curiosidades
Figure, teve sua história retratada em um livro e filme de mesmo nome, produzido pela Disney: “Justin Morgan Had a Horse“.
Spirit: O Cavalo Selvagem da Animação da Dream Works
A animação “Spirit: O Corcel Indomável“, lançada em 2002 pelos Estúdios DreamWorks, apresentou ao público um personagem icônico que se tornou sinônimo da liberdade e do espírito selvagem dos cavalos: Spirit, o garanhão Mustang protagonista da história.
Spirit é um cavalo Mustang, raça de cavalos selvagens originários das vastas planícies e montanhas do oeste americano. Nascido livre no coração das Montanhas Rochosas, Spirit é a personificação da liberdade em sua forma mais pura e intocada.
Dotado de uma pelagem castanha brilhante e uma crina esvoaçante ao vento, Spirit exibe uma imponência física que reflete sua força e bravura indomáveis. Ele é um símbolo da essência selvagem da natureza, que resiste ferozmente a qualquer tentativa de ser domado ou subjugado.
A história de Spirit se desenrola quando ele é capturado por soldados do exército americano e levado para um campo de adestramento, onde enfrenta os esforços de seus captores em quebrar sua vontade e submetê-lo ao controle humano. Essa jornada pela manutenção de sua liberdade e identidade selvagem é o ponto central do enredo da animação.
Ao longo dessa travessia, Spirit se recusa terminantemente a se render aos métodos de domesticação. Ele luta com unhas e dentes para preservar sua natureza intocada, estabelecendo uma conexão profunda com o jovem nativo americano chamado Little Creek, que se torna seu aliado na busca pela liberdade.
Veja Sinopse Oficial do Filme:
Quando um tratador de cavalos sem coração e sua equipe planejam capturar Spirit e sua manada e leiloá-los para uma vida de cativeiro e trabalho duro, Lucky convoca seus novos amigos e corajosamente embarca na aventura de uma vida inteira para resgatar o cavalo que deu a ela liberdade e um senso de propósito e ajudou Lucky a descobrir uma conexão com o legado de sua mãe e sua herança mexicana que ela nunca esperava.
Spirit se estabeleceu como um dos personagens animados mais icônicos e memoráveis do mundo das animações. Sua imagem evocativa, com sua pelagem lustrosa, crina ao vento e olhar determinado, transformou-se em um símbolo da rejeição ao domínio humano sobre a natureza.
Sir Calei Joter: A Lenda do Hipismo Brasileiro
Sir Calei Joter, um ilustre garanhão que deixou um legado indelével no mundo equestre, foi uma figura icônica nos campos da Coudelaria. Originado do renomado Haras Joter, este magnífico exemplar de Hipismo marcou época, influenciando profundamente a linhagem genética da criação dessa Coudelaria. Dotado de notáveis características, como uma andadura elegante, uma técnica de salto refinada e uma coragem incomparável diante dos obstáculos, Sir Calei Joter se tornou um orgulho nacional.
O legado de Sir Calei Joter transcendeu sua própria vida. Hoje, suas filhas destacam-se como pilares essenciais no plantel de éguas matrizes desta respeitável instituição. Sua contribuição para a qualidade e a excelência da criação equestre é inegável, colocando o Brasil no radar com criações de respeito.
Em 15 de maio de 2017, Sir Calei Joter partiu deste mundo após enfrentar complicações no trato gastrointestinal. Sua passagem deixou um vazio inegável na comunidade equestre, mas seu legado continua vivo através das conquistas e do desempenho exemplar de seus descendentes.
O nome de Sir Calei Joter mexe com entusiastas do hipismo,por se tratar de um grande personagem de competições olímpicas. O Brasil conquistou duas medalhas de bronze, destacando-se em eventos internacionais com cavalos da estirpe de Sir Calei Joter. Em 1996, uma equipe que contava com três exemplares da raça BH, incluindo Calei Joter montado por André Johannpeter, demonstrou a excelência desses animais. Em Sydney, Calei Joter mais uma vez brilhou, levando o Brasil ao pódio com sua habilidade e determinação.
Sir Calei Joter era um cavalo excepcional, trazendo significado e orgulho ao hipismo brasileiro. Sua trajetória foi marcada por participações memoráveis em Pan-americanos, campeonatos mundiais e Jogos Olímpicos, destacando-se como um embaixador da excelência e da paixão pelo esporte. Ao se despedir das competições, recebeu a merecida homenagem da Confederação Brasileira de Hipismo, que reconheceu sua contribuição inestimável para o desenvolvimento e a glória do hipismo nacional.
Assim, Sir Calei Joter e seus cavaleiros, criadores e treinadores alcançaram o mais alto patamar no mundo equestre.
O Cavalo de Troia
O Engenhoso Estratagema do Cavalo de Troia
Esse cavalo é diferente, pois trata-se de uma arte, um presente representado por um gigantesco Cavalo de Madeira, enviado pelos Gregos aos Troianos. A história do Cavalo de Troia é um dos episódios mais famosos e memoráveis da mitologia grega.
Essa lenda célebre é narrada com riqueza de detalhes na grande epopeia de Homero, uma das obras-primas da literatura clássica grega Ilíada e Odisséia. Ela se desenrola durante a prolongada Guerra de Troia, um conflito épico entre os gregos e a cidade de Troia, que resistia bravamente aos ataques inimigos.
Após anos de cerco infrutífero, os gregos, liderados pelo astuto herói Odisseu, conceberam um plano audacioso para finalmente conquistar a cidade inexpugnável de Troia. A estratégia envolveria a construção de um enorme cavalo de madeira, oco em seu interior, no qual um grupo seleto de soldados gregos se esconderia.
Ao deixar o impressionante cavalo de madeira diante das portas de Troia, os gregos deram a aparência de terem desistido do cerco e iniciado sua retirada. Os troianos, acreditando tratar-se de um presente dos deuses, decidiram arrastá-lo para dentro da cidade, selando assim o seu próprio destino.
Sob a escuridão da noite, os soldados emboscados dentro do Cavalo de Troia emergiram de seu esconderijo, abriram as portas da cidade e permitiram a entrada do restante do exército grego. O que se seguiu foi uma devastadora invasão, culminando na queda e na destruição da outrora poderosa Troia.
O Cavalo de Troia se consolidou como um símbolo da astúcia, da engenhosidade e da capacidade humana de superar até mesmo os maiores desafios por meio da inteligência. Ele representa a importância da cautela e da desconfiança diante de presentes aparentemente inocentes, pois estes podem esconder intenções maliciosas.
Além disso, a lenda do Cavalo de Troia é vista como um emblema da conquista militar, demonstrando como a criatividade estratégica pode se sobrepor à força bruta. Essa história clássica continua a ser amplamente referenciada e adaptada na literatura, no cinema e na cultura popular, servindo como um alerta sobre os perigos da ingenuidade e da confiança excessiva.
Curiosidades
Já foram encontrados vestígios da existência de Troia, mas não há garantias de que essa grande guerra tenha de fato ocorrido. Todavia, estudos dizem que o Cavalo de Troia pode ter sido Encontrado.
Deste épico, surgiu a expressão popular “presente de grego”. A expressão se refere a algo que aparenta ser um presente ou um favor, mas que na verdade é prejudicial ou incômodo para quem o recebe.
Nem mesmo a existência do autor, Homero, pode ser comprovado.
Cavalo de Fogo
A série dos estúdios Hanna-Barbera apresenta uma narrativa encantada envolvendo a Princesa Sara, originária do Planeta Dar-Shan, cuja vida foi salva pelo Cavalo de Fogo quando ainda era uma criança. Transportada para um rancho em outra dimensão, Sara foi deixada na porta de John Cavanaugh, um fazendeiro americano.
Ao completar 13 anos, Sara é surpreendida pela aparição do Cavalo de Fogo, que revela sua verdadeira identidade como princesa e a urgência de retornar ao Planeta Dar-Shan para derrotar a Bruxa Lady Diabolyn e seus Espectros, espíritos malignos que ameaçam a paz do lugar. Contando com a ajuda de criaturas mágicas e de seus amigos Dorin, Brutos e Alvinar, Sara embarca em uma missão perigosa para salvar seu reino.
O majestoso Cavalo de Fogo da Princesa Sara encanta os espectadores com sua magnificência e poderes mágicos, desempenhando um papel central em uma das mais memoráveis aventuras da televisão infantojuvenil.
Na trama animada, o Cavalo de Fogo transcende sua função como mero meio de transporte, transformando-se em um confidente, protetor e guia espiritual para a protagonista, Sara. Juntos, eles se lançam em jornadas épicas, enfrentando desafios e perigos para salvaguardar o reino e seus súditos.
Para além de sua deslumbrante aparência, o Cavalo de Fogo é dotado de extraordinários poderes mágicos. Capaz de voar pelos céus, correr a velocidades vertiginosas e conjurar chamas purificadoras e protetoras contra o mal, ele se revela uma força imparável. Seu vínculo telepático com Sara fortalece ainda mais sua conexão, solidificando-os como uma dupla invencível.
O âmago da narrativa reside na relação entre Sara e o Cavalo de Fogo, repleta de momentos emocionantes e eletrizantes cenas de ação. Seu mútuo e inabalável vínculo transcende a mera amizade, refletindo um propósito comum: a defesa do reino e a preservação da paz.
CURIOSIDADES
A animação conta com 13 episódios.
Particularmente falando a música de abertura foi bem marcante: veja o vídeo de abertura.
O reino onde Sara reina como princesa é conhecido como DarShan, uma referência ao termo do hinduísmo “Darsan“, que frequentemente denota “Visões do divino“.
Na versão brasileira, a maioria dos nomes dos personagens foi mantida, exceto o do Príncipe Kevin, pai de Sara. No original, ele é chamado de Cavan.
O dublador brasileiro do Cavalo de Fogo é Luiz Motta, conhecido também por ser o dublador oficial de Sylvester Stallone. Enquanto isso, a voz da Princesa Sara é interpretada por Miriam Ficher, que também dá vida à personagem Vicky em Os Padrinhos Mágicos.
MISTER ED
Mister Ed – O Cavalo Falante Que Conquistou os Lares Americanos
Mister Ed, o célebre cavalo da série de televisão dos anos 1960, é um dos ícones mais memoráveis da cultura pop americana, cuja história fascinante e personalidade cativante conquistaram os lares americanos e o coração de espectadores de todas as idades.
Mister Ed estrelou a sitcom homônima que estreou na televisão em 1961, tornando-se um fenômeno da época. O Palomino dourado, Bamboo Harvester, era o protagonista da série, que contava a história de Wilbur Post e seu extraordinário cavalo, capaz de falar apenas com seu dono. Essa peculiaridade de Mister Ed o transformou em um ícone da cultura pop americana.
Mister Ed era retratado como um cavalo carismático e travesso, que frequentemente usava sua habilidade de falar para pregar peças em Wilbur ou para oferecer conselhos inesperados. A relação entre o homem e o cavalo é repleta de momentos cômicos e situações inusitadas, formava a base da série.
A série “Mister Ed” rapidamente se tornou um sucesso de audiência e conquistou uma base de fãs leais em todo o mundo. Além de proporcionar entretenimento familiar, transmitia mensagens positivas sobre amizade, lealdade e aceitação das diferenças. O legado de Mister Ed persiste até os dias de hoje, com muitos fãs revisitando os episódios clássicos da série.
O ator Allan Lane foi responsável por fornecer a voz de Mister Ed na série, enquanto a cena em que o cavalo “falava” era realizada por meio de truques de edição e dublagem. Já nas cenas em que o cavalo cantava, quem entrava em ação para dar voz ao cavalo era Sheldon Allman.
Bamboo Harvester, o cavalo que interpretou Mister Ed, ganhou uma legião de fãs e foi tratado como uma celebridade durante sua vida.
A série “Mister Ed” teve um impacto duradouro na cultura popular, inspirando referências e paródias em outras mídias, como filmes, programas de TV e música.
Na vida real, Mister Ed ou Bamboo Harvester, faleceu em 1970 e está enterrado em Oklahoma.
Mister Ed continua a ser lembrado como um dos cavalos mais queridos e únicos da televisão americana. Sua capacidade de falar e sua personalidade encantadora o tornaram uma figura inesquecível na história da televisão.
Copenhagen: o Garanhão de Guerra do Duque de Wellington
Copenhagen foi um cavalo castanho-escuro que se tornou lendário por sua associação com o famoso general britânico, o Duque de Wellington. Esse imponente garanhão carregou o Duque em diversas batalhas cruciais durante as Guerras Napoleônicas.
Ao contrário de muitos cavalos de guerra, pouco se sabe sobre a origem exata de Copenhagen. Acredita-se que ele tenha nascido na região da Hannover, na Alemanha, por volta do ano de 1808, mas sua raça exata permanece incerta. Algumas especulações apontam para ele ser um representante da antiga raça de cavalos da Hannover, ou ter possíveis ancestrais árabes, comuns para cavalos de sela de alta linhagem na Europa naquela época. No entanto, é também possível que Copenhagen fosse simplesmente o resultado de cruzamentos regionais comuns na Alemanha.
O que se sabe é que o Duque de Wellington adquiriu e treinou esse imponente garanhão para ser seu cavalo de sela preferido.
Durante a Batalha de Waterloo, em 1815, Copenhagen demonstrou sua bravura e lealdade ao carregar o Duque Wellington pela sangrenta luta. Enquanto comandava suas tropas à vitória, o Duque confiava plenamente no cavalo que o levava pela linha de frente.
Após a guerra, Copenhagen desfrutou de uma aposentadoria tranquila, sendo cuidadosamente mantido até sua morte em 1836, aos 28 anos de idade. Seu nome e feitos permanecem vivos na memória da Grã-Bretanha como um símbolo da bravura e da liderança do Duque de Wellington.
Hoje, Copenhagen é lembrado como um dos cavalos de guerra mais famosos da história, uma montaria lendária que ajudou a moldar o curso dos eventos que derrotaram Napoleão Bonaparte. Seu legado como companheiro fiel do grande general britânico o consagrou para sempre.
O Incrível Secretariat: A Lenda dos Hipódromos
Um Campeão para os Recordes
Quando se fala em cavalos famosos da história, um nome que surge imediatamente é o do poderoso e imponente Secretariat. Este extraordinário garanhão conquistou uma glória lendária no mundo das corridas de cavalos, estabelecendo recordes que até hoje parecem imbatíveis.
Nascido em 30 de março de 1970 em Doswell, Virgínia, Estados Unidos, Secretariat pertencia à raça Thoroughbred, a principal linhagem de cavalos de corrida. Desde cedo, esse cavalo excepcional demonstrou um talento e uma força fora do comum, sob o treinamento de Lucien Laurin e a montaria de Ron Turcotte.
Além de sua extraordinária velocidade, Secretariat também se destacava por seu porte físico imponente. Seu coração, medido após sua morte, era surpreendentemente grande, o que pode explicar sua força e resistência incríveis. Essa característica única contribuiu para sua reputação de cavalo quase sobrenatural.
Conquistando a Tríplice Coroa
O ápice da carreira de Secretariat veio em 1973, quando ele se sagrou vencedor da Tríplice Coroa, um feito notável que envolve a vitória nas três principais corridas americanas: o Kentucky Derby, o Preakness Stakes e o Belmont Stakes. Sua vitória no Belmont Stakes foi particularmente impressionante, com Secretariat demolindo seus oponentes e estabelecendo um novo recorde que até hoje não foi superado.
Um Ícone Cultural e Esportivo
O legado de Secretariat ultrapassou as pistas de corrida, tornando-se um verdadeiro ícone cultural nos Estados Unidos. Na lista dos 100 Maiores Atletas do século XX, do canal de esportes por assinatura ESPN, Secretariat é o 35º e o único não humano, tamanha foi a sua façanha.
Além disso, a personagem Penny Chenery, a “Primeira Dama das Corridas de Cavalos” na vida real, ficou eternizada no aclamado filme biográfico “Secretariat“, lançado em 2010 e estrelado por Diane Lane.
Os produtores desse filme fizeram um grande esforço para escalar jóqueis verdadeiros, incluindo Otto Thorwarth, que interpretou o lendário Ron Turcotte, montador de Secretariat. Os realizadores se impressionaram com a habilidade artística desses atletas, que contracenaram com atores consagrados.
Infelizmente, Ron Turcotte atualmente está paralítico após um acidente com um cavalo.
Um Legado Imortal
Secretariat é, sem dúvida, um dos cavalos de corrida mais extraordinários e lembrados de todos os tempos. Sua força, velocidade e resistência incríveis, combinadas com sua imponente aparência, o consagraram como uma verdadeira lenda do turfe. Seu legado como um campeão absoluto, que estabeleceu recordes impressionantes, permanece vivo e reverenciado pelos amantes do esporte até os dias de hoje.
Caverna do Dragão – uni
Uma Criatura do Outro Mundo
Uni é um personagem da própria realidade para o qual os protagonistas foram enviados, ela se torna inseparável do grupo de jovens em sua jornada pelo Reino. Ela é um filhote de unicórnio fêmea, e por pertencer àquele reino, não poderia vir para o nosso, caso aqueles jovens conseguissem voltar.
Vale ressaltar que esse filhote tem poderes em seu chifre, mas por ser nova demais, ainda não consegue dominar completamente suas habilidades. Mesmo assim, Uni prova ser uma companheira importante para o grupo, usando sua magia da melhor forma que pode.
A Lenda da Encarnação do Mal
Uma das maiores lendas em torno do clássico “Caverna do Dragão“, sucesso exibido no programa TV Colosso nos anos 90, é que a simpática Uni seria na verdade uma encarnação do mal enviada pelo Vingador para impedir o retorno das crianças para casa.
No entanto, os fatos me parecem diferentes dessa lenda. As crianças conseguiram abrir o portal de volta para casa em nove episódios da série. Quando isso ocorria, a relação entre Uni e o Bárbaro sempre tornava a escapada mais demorada, em nenhum momento a unicórnio foi responsável pelo retorno ter dado errado. O maior vilão dos garotos, como não poderia deixar de ser, foi o Vingador. Direta ou indiretamente, ele destruiu a saída em seis oportunidades. Eric e Diana foram responsáveis pelo fracasso da fuga do Reino em outras três ocasiões.
O Legado de Uni
Apesar de não ser corajosa, mas sim um tanto covarde, Uni conquistou um lugar especial no coração dos fãs de “A Caverna do Dragão“. Sua presença como companheira do Bárbaro e dos outros jovens heróis a tornou uma figura inesquecível, representando a magia e a fantasia que permeavam esse clássico desenho animado.
Caverna do Dragão – O Cavalo do Vingador
Além da pequena e adorável unicórnio Uni, outro animal marcante do mundo fantástico de “A Caverna do Dragão” é o impressionante cavalo negro que serve como montaria do principal vilão da série, o temido Vingador.
Embora seu nome exato nunca seja mencionado na trama, este enorme garanhão de pelagem escura, com as patas e escarlates, é uma presença ameaçadora sempre que aparece nas aventuras dos jovens heróis.
O cavalo do Vingador demonstra força e ferocidade formidáveis, que o tornam um obstáculo extremamente desafiador para o grupo de crianças que tentam encontrar o caminho de volta para casa.
Apesar de não possuir asas, esse imponente animal é capaz de voar e perseguir seus alvos com rapidez e agilidade, seja pelos céus ou pelas terras do Reino.
Papel na Trama
O cavalo negro aparece em diversos momentos chave da série “A Caverna do Dragão“, sempre acompanhando seu mestre maligno em suas tentativas de impedir o retorno dos heróis para o mundo real.
Seja carregando o Vingador em suas perseguições ou servindo como um obstáculo físico a ser superado, essa criatura impressionante se torna um dos antagonistas mais temidos e memoráveis da trama. Sua presença iminente sempre representa um perigo iminente para as crianças.
Babieca – o Cavalo Lendário de El Cid
A Montaria de um Herói
Na extensa galeria de cavalos famosos da história, um dos nomes que se destaca é o do imponente garanhão Babieca, a montaria do renomado guerreiro e herói espanhol El Cid.
Babieca ficou conhecido como um dos cavalos de guerra mais lendários de todos os tempos, carregando seu valoroso cavaleiro através de batalhas épicas que se tornaram marcos na história da Espanha medieval.
Uma Descrição Enigmática
Pouco se sabe ao certo sobre as origens e a aparência exata de Babieca. As fontes históricas o descrevem como um cavalo de grande porte, com uma pelagem predominantemente branca, embora haja também relatos que o descrevem como uma capa cinza escuro.
Apesar dessa incerteza sobre seus traços físicos, uma coisa é certa, Babieca era um animal imponente e de grande força, digno de carregar o lendário El Cid em suas façanhas.
Companheiro Inseparável de El Cid
A relação entre Babieca e seu cavaleiro, El Cid, era excepcionalmente próxima. Os dois se tornaram praticamente inseparáveis, com Babieca carregando seu mestre por inúmeras batalhas e conquistas.
Essa união lendária entre homem e cavalo ficou eternizada na literatura e na cultura espanhola. Babieca era visto não apenas como uma montaria, mas como um companheiro fiel e essencial nas aventuras de El Cid.
O Jumentinho que carregou o filho de Deus até Jerusalém
Nas narrativas bíblicas, um dos momentos icônicos da vida e dos ensinamentos de Jesus Cristo é a sua entrada triunfal em Jerusalém, em que ele cavalga sobre um jumentinho.
De acordo com os relatos dos evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João, Jesus ordenou a seus discípulos que trouxessem este jumento (ou jumentinho) para que ele pudesse realizar essa entrada na cidade santa. A escolha deste animal de carga, em vez de um imponente cavalo, simboliza a natureza humilde e pacífica do Messias, além de suas conexões com as profecias sobre o Messias.
Muitos reconheceram a entrada de Jesus montado no jumentinho como uma declaração pública de que ele era de fato o Messias prometido e rei de Israel. Essa cena é vista como o cumprimento de profecias bíblicas, como a registrada em Zacarias 9:9:
Alegra-te, cidade de Sião; aclama, Jerusalém;
Olha teu rei que está chegando:
Justo, vitorioso, humilde,
cavalgando um jumento, cria de jumenta.
Ao entrar em Jerusalém, o povo atirou roupas no chão e espalharam ramos apanhados no campo para receber Jesus, demonstrando sua aclamação ao Rei Messiânico. Essa procissão triunfal ficou conhecida como o Domingo de Ramos na tradição cristã, João 12:12–19:
No dia seguinte, uma grande multidão que havia chegado para a festa, ao saber que Jesus se dirigia a Jerusalém, pegou ramos de palmeira e saiu ao seu encontro, gritando:
Hosana, bendito o que vem em nome do senhor, o rei de Israel!
Jesus encontrou um jumentinho e nele montou. Como está escrito: Não temas jovem Sião: eis que teu rei chega cavalgando um filhote de jumenta. Os discípulos não entenderam isso nessa ocasião. Mas quando Jesus foi glorificado, lembraram o que estava escrito a respeito dele e de que se havia realizado. A multidão, que tinha visto quando ele chamou Lázaro e o ressuscitou da morte, contava o fato.
Por isso, a multidão saiu a seu encontro, ao ouvir o sinal que havia se realizado. Os fariseus, ao contrário, comentavam entre si:
— Vedes que nada conseguimos: ele conquista a todos.
Portanto, o jumentinho que carregou nosso senhor Jesus Cristo, tem seu belo papel cumprido na história.
Nota: Os discípulos mencionam no evangelho um outro cavalo, que irá figurar na segunda vinda do messias. Nessa ocasião futura, Jesus reinará como “o Senhor dos senhores e o Rei dos reis“, conforme as passagens de Apocalipse 19:11–16:
O Cavaleiro vitorioso – Vi o céu aberto, e ai um cavalo branco. Seu cavaleiro se chama Fiel e Veraz, Justo no governo e na guerra. Seus olhos são chamas de fogo, na cabeça tem muitos diademas. Tem gravado um nome que ninguém conhece, exceto ele. Envolve-se num manto empapado de sangue. Seu nome é: Palavra de Deus. As tropas celestes o seguem cavalgando cavalos brancos, vestidas de linho de brancura resplandecente. De sua boca sai uma espada afiada para ferir as nações. Ele as apascentará com vara de ferro e pisará o lagar do vinho da cólera da ira do Deus Todo-poderoso. No manto e sobre a coxa traz escrito um título: Rei dos reis e Senhor dos senhores.
Os Cavalos dos Cavaleiros do Apocalipse
Os Quatro Cavaleiros
No Livro do Apocalipse, da Bíblia, um dos temas mais marcantes e enigmáticos é a aparição dos Quatro Cavaleiros do Apocalipse. Estes cavaleiros sinistros e suas montarias são uma representação das calamidades e julgamentos divinos que precederão o fim dos tempos.
Os Cavalos e seus Significados
Cada um dos Quatro Cavaleiros é descrito montando um cavalo de uma cor específica, e cada cavalo carrega um significado simbólico distinto:
O Cavalo Branco e o Cavaleiro da Conquista
Apocalipse 6:1-2:
Vi o cordeiro que abria o primeiro dos sete selos, e ouvi um dos quatro seres vivos que dizia com a voz de trovão: Vem! Vi um cavalo branco e seu cavaleiro com um arco; puseram-lhe uma coroa, e ele partiu vencedor e para continuar vencendo.
No primeiro Selo do Apocalipse, é descrito o surgimento de um “cavalo branco” e seu cavaleiro que carrega um arco (Apocalipse 6:1-2). Esta imagem inicial tem sido alvo de muito debate e diferentes interpretações entre os estudiosos bíblicos.
Enquanto alguns acreditam que este cavaleiro branco representa o anticristo, trazendo falsas promessas de paz e domínio sobre a terra, outros argumentam que ele simboliza ninguém menos que Jesus Cristo em Sua Segunda Vinda Gloriosa.
A fundamentação para a visão do cavalo branco como o anticristo se baseia na comparação com os outros Cavaleiros do Apocalipse, que trazem consigo calamidades e julgamentos divinos. Portanto, esse primeiro cavaleiro também carregaria uma natureza sinistra.
No entanto, há uma conexão interessante entre essa passagem e outra descrita no Apocalipse 19:11-16. Nesta outra visão, Jesus Cristo é retratado montando um cavalo branco, vestido com roupas brancas, liderando os exércitos do Céu para derrotar as forças do mal.
Essa correspondência sugere que o cavaleiro branco do Primeiro Selo pode, na verdade, representar o próprio Messias, vindo para iniciar Seu domínio eterno e justiça sobre a Terra. Seu arco simbolizaria seu poder de alcançar e conquistar, mas de forma justa e divina.
Independentemente da interpretação, o cavalo branco e seu cavaleiro enigmático carregam um profundo significado no Livro do Apocalipse, anunciando os eventos finais que levarão à Segunda Vinda de Cristo e o estabelecimento de Seu Reino.
O Cavalo Vermelho e o Cavaleiro da Guerra
Após a abertura do Segundo Selo, surge o “cavalo vermelho”, montado por um cavaleiro que tira a paz da Terra e faz com que os homens se matem uns aos outros (Apocalipse 6:3-4).
A cor vermelha deste cavalo é compreendida como um símbolo do derramamento de sangue e das perturbações provocadas pela guerra. Seu aparecimento anuncia um período de conflitos, violência e destruição que se abaterá sobre o mundo.
Este Cavaleiro da Guerra é responsável por tirar a paz da Terra, levando os homens a se matarem mutuamente. Sua chegada representa o início de um caos generalizado, em que a humanidade será consumida por seus próprios impulsos belicosos.
Essa visão apocalíptica do cavalo vermelho e seu cavaleiro sinistro é uma advertência poderosa sobre os horrores da guerra e da violência que virão antes da Segunda Vinda de Cristo e do estabelecimento de Seu Reino de paz.
As passagens de Apocalipse 6:3-4 descrevem de forma detalhada essa aparição do Cavalo Vermelho e seu significado sombrio:
Quando Abriu o segundo selo, ouvi o segundo ser vivo que dizia: Vem! Saiu um cavalo vermelho; ao cavaleiro recomendaram que tirasse a paz da terra, de modo que os homens se matassem. Entregaram-lhe uma enorme espada.
O Cavalo Negro e o Cavaleiro da Fome
Quando o Terceiro Selo é aberto, surge um “cavalo negro”, montado por um cavaleiro segurando uma balança em sua mão (Apocalipse 6:5-6).
A cor negra deste cavalo é compreendida como um símbolo da escassez e da carência econômica que virá sobre a Terra. Sua aparição anuncia um período de fome e dificuldades financeiras sem precedentes.
O Cavaleiro da Fome, carregando uma balança, é responsável por regular e controlar os gêneros alimentícios, estabelecendo um racionamento extremo. Sua chegada representa o início de uma grave crise econômica, em que o acesso aos alimentos básicos será severamente limitado.
Essa visão apocalíptica do cavalo negro e seu cavaleiro sombrio é uma advertência poderosa sobre as calamidades econômicas e a escassez de recursos que virão antes da Segunda Vinda de Cristo e do estabelecimento de Seu Reino de abundância.
As passagens de Apocalipse 6:5-6 descrevem de forma detalhada essa aparição do Cavalo Negro e seu significado:
Quando abriu o terceiro selo, ouvi a voz do quarto se vivo que dizia: Vem! Vi sair um cavalo preto, e seu cavaleiro trazia uma balança na mão. Ouvi uma voz que saia do meio dos quatro seres vivos: Por um denário um quilo de trigo, por um denário três quilos de cevada; mas não causes prejuízo ao óleo e ao vinho.
O Cavalo Amarelo/Pálido (Esverdeado) e o Cavaleiro da Morte
Quando o Quarto Selo é aberto, surge um “cavalo esverdeado”, montado por um cavaleiro cujo nome é “Morte” (Apocalipse 6:7-8).
A coloração esverdeada ou pálida deste cavalo é compreendida como um símbolo da doença, da decadência e da mortalidade que virão sobre a Terra. Sua aparição anuncia um período de epidemias, pragas e morte em larga escala.
O Cavaleiro da Morte, carregando essa designação sinistra, é responsável por ceifar vidas em massa. Sua chegada representa o início de uma calamidade sem precedentes, em que a humanidade será assolada pela doença, fome e violência.
Essa visão apocalíptica do cavalo esverdeado e seu cavaleiro fatal é uma advertência poderosa sobre os horrores da morte e da destruição que virão antes da Segunda Vinda de Cristo e do estabelecimento de Seu Reino eterno.
As passagens de Apocalipse 6:7-8 descrevem de forma detalhada essa aparição do Cavalo esverdeado e seu significado:
Quando abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser vivo que dizia: Vem! Vi aparecer um cavalo esverdeado, seu cavaleiro se chama Morte, e o Hades o acompanha. Deram-lhes poder para matar a quarta parte dos habitantes do mundo, com espada e a fome e a peste e as feras da terra.
O Imponente Cavalo Maximus: Guardião da Justiça em “Enrolados“
Maximus, também conhecido como Max, é um personagem do filme de animação da Disney, “Enrolados“, lançado em 2010. Interpretado pelo veterano dublador Frank Welker, Maximus desempenha um papel crucial como o companheiro do Capitão das Guardas Reais.
Maximus pertence originalmente ao ex-capitão do reino. Maximus é um cavalo branco imponente, com uma crina e cauda loiras, que usa uma sela distinta com o símbolo em formato de sol do Reino.
A Perseverança do Guardião
A missão pessoal de Maximus é capturar o procurado criminoso Flynn Rider. Desde o início, ele se torna o adversário direto de Flynn, com uma determinação inabalável em perseguir o escorregadio ladrão. Maximus demonstra habilidades impressionantes, como correr, saltar e persegui-lo em lugares onde os outros guardas não conseguiriam ir.
Evolução da Relação com Flynn Embora inicialmente Maximus veja Flynn apenas como um alvo a ser capturado, sua relação com o protagonista evolui ao longo do filme. Após presenciar o crescente vínculo entre Flynn e Rapunzel, Maximus começa a perceber o caráter de Flynn e sua importância para salvar a princesa. Eventualmente, o cavalo até mesmo ajuda a tirar Flynn da prisão para que ele possa resgatar Rapunzel.
Personalidade Cativante
Além de sua relevância na narrativa, Maximus também se destaca por sua personalidade carismática e expressiva. Suas interações com outros personagens, incluindo a rivalidade com Flynn e a amizade com Rapunzel, proporcionam momentos de comédia memoráveis ao longo do filme.
Jolly Jumper: O Cavalo de Lucky Luke
No universo dos quadrinhos ocidentais, um dos cavalos mais marcantes é o fiel companheiro de Lucky Luke, o Jolly Jumper.
Jolly Jumper é retratado como um cavalo de pelagem branca com crina e rabo amarelos, possuindo um porte atlético e imponente. Sua aparência é tão marcante quanto a de seu lendário dono, o cowboy Lucky Luke.
Criado pelos ilustradores da renomada série de quadrinhos franco-belga Lucky Luke, Jolly Jumper ganhou vida nas mãos dos artistas que conceberam esse personagem tão distinto.
Companheiro Inseparável de Lucky Luke
A relação entre Lucky Luke e Jolly Jumper é de uma parceria indissociável. O cavalo acompanha seu dono em todas as suas aventuras através do Velho Oeste, demonstrando uma lealdade e sintonia ímpares.
Jolly Jumper não é apenas um meio de transporte para Lucky Luke, mas um aliado vital em suas missões. Sua agilidade, velocidade e inteligência tornam-no essencial para enfrentar perigos e capturar bandidos.
Produzido e Exibido Internacionalmente
A série de quadrinhos Lucky Luke, que apresenta Jolly Jumper, foi criada pelo cartunista belga Morris e tem sua produção associada à editora Dupuis. A série ganhou adaptações animadas que foram transmitidas em diversos países, incluindo o Brasil.
Desde sua estreia nos quadrinhos, na década de 1940, Jolly Jumper e Lucky Luke conquistaram fãs em todo o mundo, tornando-se uma dupla reconhecida no gênero western.
Khartum: O Cavalo Decapitado de “O Poderoso CheFão”
A Controvérsia de uma Cena Memorável
Dentre as cenas marcantes do clássico filme “O Poderoso Chefão“, uma em particular se destaca pela sua crueldade e impacto: a descoberta da cabeça decapitada de Khartum, o cavalo campeão do produtor Jack Woltz.
Khartum é retratado como um cavalo de pelagem escura, com uma crina e cauda negras, possuindo um porte imponente e majestoso.
A Icônica Cena da Cabeça de Cavalo Na trama do filme
Após o produtor Jack Woltz se recusar a escalar o sobrinho de Don Corleone em um de seus filmes, ele acorda ao lado da cabeça decapitada de Khartum, seu querido cavalo campeão.
Assista o trecho da cena:
A Controvérsia em Torno da Cena
A icônica cena da cabeça de cavalo causou polêmica na época do lançamento de “O Poderoso Chefão“. Rumores circularam de que a equipe teria matado um cavalo de verdade para obter a cabeça, algo que o diretor Francis Ford Coppola negou veementemente.
De fato, a cabeça utilizada era de um cavalo real, porém proveniente de um matadouro, e não morto especificamente para as filmagens. Mesmo assim, a cena gerou indignação entre grupos de ativistas de animais.
Apesar da controvérsia, a presença da cabeça decapitada de Khartum se consolidou como uma das imagens mais memoráveis e impactantes de “O Poderoso Chefão“. O cavalo escuro, com sua aparência imponente, é um elemento icônico que contribui para a atmosfera de poder e intimidação que permeia a obra-prima de Coppola.
Mesmo décadas após o lançamento do filme, Khartum permanece vívido na memória dos fãs da franquia O Poderoso Chefão, reafirmando seu lugar como uma das cenas mais marcantes do cinema.
Título original: The Godfather, O filme foi lançado em 1972.
Dash for CasH
No universo do Turfe americano, um nome que se destaca como um dos mais vitoriosos e aclamados, este é o do cavalo Dash for Cash.
Uma Linhagem Impressionante
Dash for Cash era um garanhão da raça Quarter Horse (Quarto de Milha), conhecido por sua impressionante linhagem de campeões. Seu pedigree incluía alguns dos melhores reprodutores da modalidade, o que lhe conferiu qualidades excepcionais de velocidade, agilidade e resistência.
Nascido em 17 de abril, no Phillips Ranch, perto de Frisco, no Texas, Dash for Cash tinha uma ascendência igualmente notável. Seu pai era filho de Rocket Bar e neto paterno do lendário Three Bars (TB), o que certamente influenciou o desenvolvimento de suas capacidades excepcionais para as provas de turfe.
Dash produziu diversos descendentes, mas vale aqui o relato de sua quase castração.
A Quase Castração de Dash for Cash
De acordo com uma entrevista concedida pelo treinador C.W. “Bubba” Cascio ao American Quarter Horse Racing Journal em 2002, Dash for Cash quase foi castrado quando ainda era um potro de um ano de idade.
Na época, Dash for Cash fazia parte da criação do Sr. B.F. Phillips Jr. e estava entre os machos que seriam submetidos à castração. No entanto, uma noite, durante uma tempestade, o jovem cavalo se assustou e acabou fazendo um buraco em seu ombro, tendo que ser costurado.
Devido à cicatriz da ferida ainda não estar completamente fechada no momento da castração, a equipe responsável ficou preocupada em reabrir a lesão. Portanto, decidiram adiar o procedimento, preservando assim a vida reprodutiva do promissor potro.
Essa quase castração foi um evento crucial na carreira de Dash for Cash. Ao ser poupado da intervenção, o cavalo pôde desenvolver todo o seu potencial e se tornar uma lenda do turfe americano, com uma imponente linhagem de campeões.
O episódio revela como decisões tomadas no início da vida de um cavalo podem ter um impacto duradouro em sua trajetória e desempenho futuros. No caso de Dash for Cash, essa escolha permitiu que ele se consolidasse como um dos maiores nomes do mundo do turfe.
Conquistas Históricas nas Pistas
O ápice da carreira de Dash for Cash veio quando ele se tornou o primeiro cavalo a conquistar vitórias consecutivas no prestigiado Champion of Champions, nos anos de 1976 e 1977.
Esse feito inédito solidificou a reputação de Dash for Cash como um cavalo de velocidade e resistência incomparáveis, destacando-o como uma verdadeira lenda do universo das corridas de cavalos nos Estados Unidos.
Sua capacidade de dominar a competição por dois anos seguidos demonstrou sua superioridade técnica e sua determinação inabalável em superar todos os adversários que se colocavam em seu caminho.
O nome de Dash for Cash passou a ser reverenciado como um dos maiores campeões de todos os tempos no cenário do turfe americano, graças a suas conquistas históricas.
Comanche – O Cavalo Sobrevivente da Batalha de Little BighorN
Dentre os cavalos que se tornaram símbolos da história dos Estados Unidos, um dos mais notáveis é Comanche, o único sobrevivente da famosa Batalha de Little Bighorn.
Origens e Histórico
Comanche era um cavalo mestiço que fez parte da 7ª Cavalaria do General George Armstrong Custer. Em 1868, o cavalo foi comprado pelo Exército dos Estados Unidos em St. Louis, Missouri, e enviado para Fort Leavenworth, Kansas. Sua ascendência e data de nascimento permanecem incertas até os dias de hoje.
O Único Sobrevivente de Little Bighorn Em 25 de junho de 1876. O capitão Myles Keogh montou Comanche na Batalha de Little Bighorn, também conhecida como “Last Stand de Custer“. Nesta fatídica batalha, todas as tropas sob o comando de Custer foram mortas, mas os soldados encontraram Comanche gravemente ferido dois dias depois.
Após uma longa convalescença, Comanche se recuperou e se tornou o mascote da 7ª Cavalaria. Uma ordem do coronel Samuel D. Sturgis determinou que o cavalo fosse tratado com cuidado especial, proibindo que fosse montado ou submetido a qualquer tipo de trabalho.
Um Ícone reverenciado devido à sua notável história como o único sobrevivente da Batalha de Little Bighorn, Comanche passou a ser reverenciado como um ícone nacional. Ele recebeu honras especiais, sendo escoltado por soldados durante desfiles e tendo seu retrato exibido em museus.
Morte e Legado
Comanche morreu em 7 de novembro de 1891, supostamente aos 29 anos de idade. Ele foi um dos quatro únicos cavalos na história dos Estados Unidos a receber um funeral militar com honras completas.
Sua história o transformou em um símbolo de resiliência e heroísmo, perpetuando a memória da devastadora derrota da 7ª Cavalaria na Batalha de Little Bighorn. Até os dias atuais, seu corpo empalhado é exibido no Museu de História Natural da Universidade do Kansas, como um marco duradouro da história americana.
Flicka – A Égua Selvagem que Conquistou o Coração de KatY
O Sonho de Uma Garota do Rancho
Katy McLaughlin, uma garota de 16 anos, sonha em continuar a tradição de sua família trabalhando no rancho do pai localizado no Wyoming. No entanto, Rob McLaughlin deseja uma outra vida para sua filha, querendo que ela vá para a faculdade.
Um dia, Katy encontra uma linda égua selvagem e decide nomeá-la Flicka (que significa “linda garota” em sueco). Ela então se decide a domá-la, descobrindo que ela e sua nova companheira equina são mais parecidas do que imaginava.
Assim como Katy, Flicka desdenha a autoridade e não quer abrir mão de sua liberdade sem brigar.
Uma Adaptação Contemporânea
Flicka é uma adaptação contemporânea do famoso livro Minha Amiga Flicka, de Mary O’Hara. O filme, lançado pela 20th Century Fox em 20 de outubro de 2006, é estrelado por Maria Bello, Ryan Kwanten e o cantor country Tim McGraw.
Com sinceridade eu ainda não assisti esse filme, mas pelo que pude pesquisar trata-se de um filme muito bom para assistir em família e farei isso em breve.
Espirito/Ventania: o Fabuloso Unicórnio de She-RA
Princesa Adora, conhecida como She-Ra, é a heroína principal do seriado, sendo a filha do Rei Randor e da Rainha Marlena, e a irmã do Príncipe Adam, em Eternia. Em Etheria, ela é a líder da rebelião contra a tirania da Horda.
O Cavalo Mágico Ventania O fiel companheiro de Adora é Espírito (ou Ventania, como é chamado em sua forma alada). Quando Adora se transforma na poderosa She-Ra, tocando sua espada, Espírito também se transforma, ganhando asas e se tornando um imponente unicórnio alado.
Além de ganhar asas e a capacidade de voar, Ventania demonstra outras habilidades místicas e sobrenaturais:
- Capacidade de Comunicação: Ventania é capaz de se comunicar com She-Ra, estabelecendo uma conexão especial e sobrenatural entre a heroína e sua montaria.
- Percepção Extrassensorial: O cavalo alado parece possuir uma sensibilidade e percepção aguçadas, sendo capaz de detectar perigos e orientar She-Ra durante suas missões.
- Fortaleza Mágica: Ventania exibe uma força e resistência sobre-humanas, tornando-se um aliado indispensável nas batalhas enfrentadas por She-Ra contra as forças do mal.
Essas habilidades mágicas e sobrenaturais conferem a Ventania um papel fundamental ao lado da Princesa do Poder, transformando-o em uma montaria lendária e essencial para as aventuras de She-Ra.
Origens da Série
A série animada de He-Man, criada pela Mattel, foi o pontapé inicial para o nascimento de She-Ra. O sucesso da linha de brinquedos e do desenho do irmão levou a empresa a pensar em uma série voltada para o público feminino, dando origem à história da irmã gêmea de He-Man.
O Segredo da Espada
O lançamento do longa-metragem “O Segredo da Espada” foi a plataforma ideal para a série de TV da Princesa do Poder. Com uma verba maior, graças ao sucesso de He-Man, a série de She-Ra apresenta um universo muito mais elaborado e rico em detalhes.
Apesar de ser derivada de He-Man, muitos consideram que a série de She-Ra é superior à do irmão, com cenários, personagens e uma trama mais complexa e envolvente. A transformação de Adora em She-Ra também é mais suave, sem a explosão autobronzeadora de He-Man.
Princesa Adora e seu fiel companheiro Ventania formam uma dupla imbatível, unindo a heroína e sua montaria mística em suas aventuras pela honra de Greyskull.
Pegasus: O Mítico Cavalo Alado
Dentro do vasto panteão de fascinantes criaturas mitológicas que permeiam os mitos antigos, poucas são tão magníficas quanto Pegasus, também conhecido como Pégaso, o lendário Cavalo Alado de Belerofonte e posteriormente de Zeus. Na mitologia grega, Pegasus é retratado como um majestoso cavalo dotado de asas imponentes e força estrondosa. Sua presença ao lado de heróis e deuses, parece ser uma extensão natural da grandiosidade deste ser mitológico.
Origens de Pegasus
Segundo a mitologia grega, Pegasus era um cavalo alado imortal, um dos dois filhos de Poseidon e Medusa.
Juntamente com seu irmão, Crisaor, o Gigante de espada dourada, Pegasus emergiu milagrosamente do pescoço de sua mãe grávida depois que Perseu a decapitou. Essa origem singular confere a Pegasus uma aura mística, destacando sua natureza divina e sua ligação com os eventos épicos da mitologia grega.
Segundo Hesíodo, o nome de Pégaso tem origem na palavra grega para nascentes, “pegae“, pois ele supostamente nasceu próximo às nascentes do Oceano. Além disso, ele também foi associado às águas devido a uma característica extraordinária herdada de seu pai.
Assim como Poseidon, Pégaso tinha a habilidade de criar riachos de água onde quer que batesse com o casco. Acredita-se que pelo menos duas fontes famosas na Grécia, ambas chamadas Hipocrene (“Primavera do Cavalo”), tenham sido geradas pelo casco de Pégaso. O mais renomado dos dois estava situado no Monte Helicon, a morada sagrada das Musas. Suas águas, quando consumidas, inspiravam os poetas com criatividade e inspiração.
Pégaso e Belerofonte: Uma Parceria Épica
Durante um período, Pégaso encontrou um lar com um mortal, Belerofonte, o corajoso herói conhecido por suas proezas na caça de monstros.
Embora conhecido por sua natureza selvagem, Pégaso foi finalmente domado por Belerofonte, um dos maiores heróis gregos. Mas esse feito não foi realizado apenas pelas mãos de Belerofonte, Atena também desempenhou um papel crucial. Segundo relatos de Píndaro, um dos poetas mais renomados da Grécia Antiga, a deusa presenteou Belerofonte com uma rédea dourada encantada, usada para capturar Pégaso enquanto ele se refrescava na nascente Pieriana, outra fonte associada ao cavalo alado e às Musas.
Montado em Pégaso, Belerofonte conquistou inúmeras façanhas, incluindo a derrota das Amazonas, a quimera cuspidora de fogo, que estava devastando a terra e a bárbara tribo guerreira Solymoi. Além disso, Pégaso também acompanhou o herói em sua vingança contra Esteneboia, a esposa de Ióbates (Rei da Lícia), que testemunhou falsamente contra o herói após ele rejeitar suas investidas. Dizem que Belerofonte ofereceu a ela um passeio em Pégaso, que ela prontamente aceitou; no entanto, enquanto voavam sobre o mar, o cavalo alado a lançou às profundezas.
Belerofonte naquele momento ainda não fazia ideia que compartilharia um destino semelhante. Após inúmeras vitórias contra diversos adversários, Belerofonte começou a acreditar que os mortais não eram dignos de sua presença e que merecia viver entre os deuses no Monte Olimpo. Montando em seu leal Pégaso, ele iniciou sua jornada de ascensão. No entanto, Zeus, enfurecido com a arrogância de Belerofonte, enviou um inseto que picou Pégaso o suficiente para que o cavalo alado jogasse seu cavaleiro das alturas, levando-o à morte.
Outras fontes dizem que Belerofonte não morreu, mas sim passou a vagar sozinho pelo mundo, sendo desprezado por deuses e homens.
Pégaso no monte Olimpo
Após algum tempo sem cavaleiro, Pegasus alcançou os céus do Olimpo. Zeus o acolheu em seus estábulos ao lado de seus outros cavalos e em seguida o incumbiu da nobre tarefa de puxar sua carruagem, carregada com os poderosos raios. Após anos de leal serviço, Zeus concedeu a Pégaso uma constelação, que até os dias de hoje ostenta seu nome.
Outras Referências ao Cavalo Alado
- Hesíodo documenta o nascimento de Pégaso e a origem de seu nome nas primeiras passagens de sua “Teogonia”.
- Moedas gregas foram cunhadas em sua homenagem no século IV a.C.
- Localizar a constelação de Pégaso nos céus é uma tarefa fácil, especialmente através do reconhecimento do famoso quadrado formado por três de suas estrelas mais brilhantes e pela principal componente de Andrómeda. Esse padrão, conhecido como “Quadrado de Pégaso”, é facilmente identificado na figura ao lado, utilizando como referência as constelações vizinhas da Águia, Cassiopeia e Cisne. Embora não seja uma constelação repleta de estrelas brilhantes, sua localização simplificada pelo padrão do Quadrado de Pégaso facilita sua identificação no céu noturno.
- Temos referencias a Pegasus em filmes e animações, como:
Fúria de Titãs – 1981
Cavaleiros do Zodíaco – 1986
Pegasus – 1991 (Curta 26 minutos)
Hércules – 1997
Pégaso vs. Quimera – 2012
Obs.: O Texto sobre Pegasus eu também publiquei solo, pois também faz parte da série de textos sobre mitologia. Vá para o link.
Fábula de Monteiro Lobato: O Cavalo e o Burro
Reflexões sobre Cooperação e Egoísmo na Fábula “O Cavalo e o Burro” de Monteiro Lobato
A fábula de Monteiro Lobato, “O Cavalo e o Burro“, conta uma história sobre cooperação e egoísmo, utilizando animais como metáforas para questões humanas profundas. Nesta narrativa simples, mas significativa, Lobato nos convida a refletir sobre empatia e responsabilidade.
Na história, o cavalo e o burro são companheiros de viagem em direção à cidade. O cavalo, com uma carga leve, observa o burro lutando sob o peso excessivo. Quando o burro sugere dividir a carga igualmente para aliviar seu fardo, o cavalo egoísta rejeita a proposta com desdém. Sua atitude revela uma falta de consideração pelo bem-estar do burro, priorizando seu próprio conforto.
A tragédia ocorre quando o burro, exausto e sobrecarregado, tropeça e morre. Os tropeiros, confrontados com a situação, transferem a carga do burro para o cavalo, que agora deve suportar todo o peso. Esta reviravolta irônica destaca as consequências inevitáveis do egoísmo e da falta de cooperação.
Além disso, a intervenção do papagaio no final da fábula oferece uma perspectiva adicional. Ao comentar sobre a tolice do cavalo em não compreender a intenção e pedido de ajuda do burro, o papagaio enfatiza a importância de considerar o bem-estar dos outros e as consequências de nossas ações.
Veja abaixo a fábula na integra:
O Cavalo e o Burro de Monteiro Lobato
O Cavalo e burro seguiam juntos para a cidade. O cavalo, contente da vida, folgando com a carga de quatro arrobas, e o burro, coitado! gemendo sob o peso de oito. Em certo ponto, o burro parou e disse:
— Não posso mais! Esta carga excede às minhas forças e o remédio é repartirmos o peso irmanamente, seis arrobas para cada um.
O cavalo deu um pinote e relinchou uma gargalhada.
— Ingênuo! Quer então que eu arque com seis arrobas quando posso bem continuar com as quatro? Tenho cara de tolo?
O burro gemeu:
— Egoísta! Lembre-se que se eu morrer você terá que seguir com a carga das quatro arrobas mais a minha.
O cavalo pilheriou de novo e a coisa ficou por isso. Logo adiante, porém, o burro tropica, vem ao chão e rebenta.
Chegam os tropeiros, maldizem da sorte e sem demora arrumam as oito arrobas do burro sobre as quatro do cavalo egoísta. E como o cavalo refuga, dão-lhe de chicote em cima, sem dó nem piedade.
— Bem feito! – exclamou um papagaio. Quem o mandou ser mais burro que o pobre burro e não compreender que o verdadeiro motivo era aliviá-lo da carga em excesso? Tome! Gema dobrado agora…”.
(Monteiro Lobato, Fábulas. São Paulo, Editora Brasiliense, 1994)
Obs.: Est texto eu também publiquei solo, pois faz parte de textos sobre fábulas. Vá para o link.
O Resiliente Sefton
O Início da Jornada de Sefton
Nascido em julho de 1963 no condado de Waterford, Irlanda, Sefton foi adquirido pelo Exército Britânico aos dois anos de idade. Seu início no serviço militar foi marcado por sua notável aptidão e determinação. Designado para o Regimento Montado de Cavalaria Doméstica, Sefton passou por treinamentos rigorosos, destacando-se como uma montaria habilidosa e confiável.
Sefton foi transportado de Dublin junto a outros cavalos destinados à Tropa do Rei, Artilharia Montada Real e à Cavalaria Doméstica. Aqui, ele recebeu o nome de Sefton em homenagem ao Lorde Sefton, um ex-oficial da Cavalaria Doméstica, mas ganhou o apelido de ‘Sharky‘ no estábulo, devido à sua predileção por morder.
Após alguns anos de serviço, Sefton demonstrava desinteresse em atividade de combate e por isso foi transferido para outro regimento da cavalaria, um regimento especializado em perseguições e liderado por Bill Stringer.
Foi aqui que Sefton realmente se destacou e ganhou popularidade, e por isso somente os melhores homens do regimento podiam monta-lo, enquanto os recrutas mais novos não tinham essa permissão.
O Atentado do IRA
O ponto de virada na vida de Sefton ocorreu em 1982, quando ele foi gravemente ferido nos atentados terroristas em Hyde Park e Regent’s Park. A explosão, planejada pelo IRA, resultou na morte de soldados e cavalos, deixando Sefton com lesões graves, incluindo uma na jugular e outras 34 feridas. Sua corajosa batalha pela sobrevivência comoveu os ingleses da época.
Recuperação e a Honra
Após uma cirurgia de oito horas e cuidados intensivos, Sefton se recuperou o suficiente para retornar ao serviço ativo. Sua resiliência e força de vontade o tornaram um símbolo de esperança e determinação em tempos sombrios. Premiado como “Cavalo do Ano” em 1982, Sefton recebeu honras por sua bravura e serviço exemplar.
Postumamente Sefton se tornou um dos primeiros cavalos a ser colocado no Hall da Fama equestre da British Horse Society.
Bucéfalo: O Cavalo de um Conquistador
Quem nunca ouviu falar do conquistador do mundo antigo, Alexandre, o Grande?
Um grande conquistador só poderia ser acompanhado por outro grande personagem, e este certamente era Bucéfalo. O grande corcel representou muito mais que um Cavalo de Guerra para o Magno Alexandre.
O gigante cavalo arisco, só pode ser domado pelo próprio Alexandre, e entrou para a história como um dos cavalos mais famosos da Antiguidade.
Bucéfalo nasceu por volta de 355 a.C. e historiadores dizem que ele era descendente dos cavalos da raça Akhál-Teké, conhecidos por sua grande força e velocidade. Foi adquirido por Filipe II da Macedônia em Farsala quando Alexandre ainda era um príncipe adolescente.
Nenhum tratador conseguia domá-lo devido ao seu temperamento feroz. No entanto, o jovem Alexandre percebeu que o cavalo apenas tinha medo de sua própria sombra. Com coragem e perspicácia, ele aproximou-se habilmente, posicionando-se de modo que o cavalo fosse induzido a girar seu corpo em direção ao sol, livrando-o da visão das sombras. Bucéfalo logo se acalmou e com isso, ele conseguiu acalmá-lo e montá-lo com sucesso, impressionando seu pai e os presentes.
Companheiro Leal de Alexandre
A partir desse momento, Bucéfalo se tornou o cavalo de guerra pessoal de Alexandre. Participou de inúmeras batalhas com seu dono, incluindo a campanha de conquista do Império Persa. Sua bravura e vigor eram lendários, ajudando Alexandre a sair vitorioso de muitos confrontos.
Bucéfalo tinha uma relação única com Alexandre, que o tratava com imenso carinho e respeito. Dizem que o cavalo só permitia que seu mestre o montasse e isso faz muito sentido, pois ele não fora domado antes por nenhum tratador ou montado por outro cavaleiro, somente o Magno conseguiu ganhar a confiança do grande corcel.
A Morte de Bucéfalo
Infelizmente, Bucéfalo morreu durante a campanha indiana de Alexandre em 326 a.C., supostamente de velhice. Seu mestre ficou tão devastado que fundou uma cidade chamada Bucefália em sua homenagem às margens do rio Hidaspes (atual Jhelum, no Paquistão).
Curiosidades e Simbologias
- O nome “Bucephalus” significa “Cabeça de Touro” em grego, provavelmente referindo-se à sua força bruta.
- Existem relatos de que Alexandre chorou amargamente pela morte de Bucéfalo, tal era seu vínculo emocional.
- Bucéfalo se tornou um símbolo da amizade fiel, coragem excepcional e do espírito guerreiro indomável.
- Várias estátuas e representações artísticas de Bucéfalo foram criadas na Antiguidade, imortalizando sua fama.
Cavalos de Nárnia: Os Magníficos Equinos de C.S. Lewis
O mundo de Nárnia, concebido pela imaginação vívida de C.S. Lewis, é uma terra de maravilhas, aventuras e magia. Desde a sua primeira aparição nas páginas de “O Sobrinho do Mago” até sua conclusão em “O Último Combate“, Nárnia encantou leitores de todas as idades com suas criaturas extraordinárias e paisagens deslumbrantes.
Dentre a vasta fauna que habita esse reino encantado, os cavalos se destacam como figuras majestosas e imponentes. Dotados de uma graça inigualável e uma dignidade inerente, esses nobres animais desempenham papéis importantes ao longo da crônica, contribuindo não apenas para a trama, mas também para a profundidade emocional e simbólica das narrativas de Nárnia.
Os Cavalos de Nárnia
No mágico mundo de Nárnia, os cavalos desempenham papéis diversos, cada um contribuindo de maneira única para as aventuras que se desenrolam. Aqui estão alguns dos principais cavalos encontrados nas crônicas de C.S. Lewis:
Brirri-rini-brini-ruri-rá (Bri)
Bri é um cavalo falante de Nárnia, introduzido em “O Cavalo e Seu Menino“. Ele é um cavalo de guerra de Nárnia, com uma pelagem cinza prateada e olhos expressivos. Bri é conhecido por sua inteligência aguçada e sua determinação em buscar a liberdade. Ele tem uma personalidade forte e corajosa, embora às vezes possa ser um pouco arrogante.
Huin
Huin é uma égua de Nárnia e uma personagem importante em “O Cavalo e Seu Menino“. Ela é descrita como uma égua de pelagem dourada, graciosa e gentil. Huin é notável por sua sabedoria e compaixão, além de sua devoção à verdade. Ela desenvolve uma forte amizade com Shasta, e juntos eles compartilham uma jornada emocionante em direção à liberdade e ao destino.
Fledge (Tio Andrew)
Fledge, também conhecido como Tio Andrew, é um cavalo alado introduzido em “O Sobrinho do Mago“. Ele é originalmente um simples cavalo que é transformado em uma criatura alada por acidente durante um experimento mágico. Fledge é descrito como um companheiro leal e sábio, que ajuda os protagonistas em suas jornadas através de Nárnia.
Morango
Morango é um cavalo de Nárnia que aparece em “A Viagem do Peregrino da Alvorada“. Ele é um cavalo robusto, de pelagem avermelhada, e é conhecido por sua lealdade e força. Morango acompanha os protagonistas em sua jornada pelo mar, demonstrando coragem e determinação diante dos desafios que encontram.
Nota: Essa publicação sobre os nobres cavalos será atualizado, pois ainda existem muitos personagens relevantes para incluir neste post.