⚡ Resumo Rápido

  • Modelo Wenger: A infração só ocorre se houver separação visual total (corpo inteiro) entre atacante e defensor.
  • Fim do milímetro: O objetivo é anular a precisão excessiva do VAR que invalida gols por um ombro ou joelho.
  • Status atual: Testes inconclusivos na base da Itália e ligas femininas, ainda sem data para o futebol masculino de elite.

Gianni Infantino quer alterar a dinâmica da Lei 11, e disse à margem do World Sport Summit, em Dubai:

Vamos refletir sobre a regra do fora-de-jogo, que evoluiu ao longo dos anos exigindo que o atacante se posicione atrás do defesa, alinhado com ele. Talvez no futuro tenha de estar completamente à frente do defesa para estar fora-de-jogo

Mas também estamos a avaliar medidas para evitar a perda de tempo. É importante que o jogo flua adequadamente, por isso as interrupções devem ser reduzidas ao mínimo

O presidente da FIFA aproveitou a 139ª reunião anual da IFAB para discutir uma revisão drástica na regra do impedimento. A motivação é pragmática. O futebol atual sofre com escassez de gols e interrupções milimétricas do VAR.

A proposta de Wenger

A proposta em análise veio de Arsène Wenger. O ex-treinador e atual chefe de desenvolvimento global da FIFA sugere inverter a lógica da infração.

A regra atual pune o atacante se qualquer parte válida do corpo estiver à frente do penúltimo defensor. Um ombro ou um joelho bastam para anular o lance.

O novo modelo de separação total

O novo modelo exige separação total. O atacante só estaria impedido se o corpo inteiro ultrapassar a linha do zagueiro.

Se houver qualquer sobreposição visual entre os dois jogadores, a posição é legal. Isso dá uma vantagem física considerável para quem ataca.

Testes em andamento e impacto tático

A FIFA já iniciou os testes. Categorias de base na Itália e ligas femininas na Suécia e Holanda aplicaram o conceito. Infantino admite que os resultados ainda não são conclusivos. A entidade precisa de mais dados antes de liberar a mudança para o nível profissional de elite.

O impacto tático seria imediato. Linhas de defesa altas se tornariam suicidas. A IFAB manteve a cautela e ordenou a continuação dos experimentos. Não há prazo para a implementação global.